domingo, 19 de setembro de 2010

foto1.jpg (3796 bytes) Henri Émile Benoît Matisse
(1869-1954)


A arte do pintor francês Matisse baseia-se num método que, segundo ele próprio, consiste em abordar separadamente cada elemento da obra -- desenho, cor, composição -- e em juntá-los numa síntese, "sem que a eloqüência de um deles seja diminuída pela presença dos outros". Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma.
     Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau. No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas.
     Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev.
     Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição.
     Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio.
     Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
     Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.
     Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918.
     Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida.
     Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard.
     Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.
     Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

MATISSE E O FAUVISMO
     O Fauvismo (feras selvagens) foi um movimento de curta duração, na passagem do Século 19 para o Século 20 e teve como líder incontestável Henri Matisse, contando também com a participação de outros grandes artistas, entre eles, André Derain, Maurice de Vlaminck, Raoul Dufy, Georges Braque, Henri Manguin, Albert Marquet, Jean Puy, Emile Othon Friesz.
     Partindo do colorido vibrante e agressivo de Van Gogh e Gauguin (pós impressionistas), os fauvistas rejeitaram não só o império da forma, ditado pela academia, como também o conceito de luminosidade dos impressionistas, passando a usar a cor como fator primordial da pintura e levando-a às últimas conseqüências, resultando daí quadros tão bonitos quanto artificiais.
     O fauvismo foi se esvaziando e perdendo sua força  na medida em que seus precursores amadureceram e evoluiram para outros estilos, dentre os muitos que proliferaram na primeira metade do Século 20. Na Europa, Matisse tornou-se o símbolo máximo do fauvismo. No Brasil, um dos seus grandes expoentes foi o pintor mineiro Inimá de Paula. (Paulo Victorino - Pitoresco)


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TC

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A SEMPRE UM RESTO DE PERFUME UM TRAÇO DE BELEZA ANTIGA...
a significação é invisivel, mas o invisivel não esta em contradição com o visivel .o visivel tem uma estrutura interna invisivel, e o invisivel é o contraponto secreto do visivel
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